Os olhos de vários líderes mundiais se voltaram para a América do Sul, neste domingo (3.dez), depois que a Venezuela aprovou um referendo para anexar a região de Essequibo, rica em petróleo e minerais, que hoje pertence à Guiana. A área, de 160 mil quilômetros quadrados, representa cerca de 75% do território do país e é alvo de uma disputa que remonta mais de um século entre os dois países.
Apesar da tensão histórica, acirrada pela descoberta recente, em 2015, de abundantes reservas de petróleo na região, o doutor em ciência política e professor de relações internacionais da ESPM, Leonardo Trevisan, avalia que a motivação do governo de Nicolás Maduro para tentar anexar a região é outra: a busca de um sentimento de unidade nacional, às vésperas das eleições na Venezuela, previstas para 2024.